Resultados clínicos da artroscopia de quadril em adolescentes para tratamento do impacto femoroacetabular após 2 a 5 anos

Resultados clínicos da artroscopia de quadril em adolescentes para tratamento do impacto femoroacetabular após 2 a 5 anos

Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados clínicos após tratamento do impacto femoroacetabular na população pediátrica e adolescente com um mínimo de 2 anos de acompanhamento.

Métodos: Dados coletados prospectivamente em 60 pacientes consecutivos pediátricos e adolescentes (65 quadris), com idade igual ou inferior a 16 anos, que foram submetidos a artroscopia de quadril foram analizados retrospectivamente.  Pacientes foram excluídos se foram submetidos a cirurgia prévia no quadril, ou se apresentaram ângulo centro-borda inferior a 25°.

Resultados:A idade média no momento da cirurgia foi 15 anos (variação, 11 a 16 anos), 31% dos pacientes eram meninos e 69% eram meninas. A fise femoral estava aberta em 10% dos pacientes, parcialmente fechada em 19%, e fechada em 71%. Impacto tipo came foi encontrado em 10% dos casos, impacto tipo pincer em 15%, e misto em 75%. O ângulo centro-borda médio foi 36° (intervalo de confiança [IC] 95%, 34 a 38°), e o ângulo alpha médio foi 64° (95%IC, 60 a 69°). Uma associação significativa entre idade e ângulo alpha foi encontrada (r 0.324, p=.02). Após o procedimento inicial, 8 pacientes (todas meninas) necessitaram de uma artroscopia diagnóstica de second-look devido a adesões intra-articulares. Após um seguimento médio de 3 anos (variação, 2 a 5 anos) com seguimento de 91%, o escore clínico Harris Hip modificado melhorou de uma média de 57 (95% IC, 51 a 62) a uma média de 91 (95%IC, 88 a 94) (p<.001). A mediana de satisfação dos pacientes foi 10 (variação, 5 a 10).

Conclusões: A artroscopia de quadril na população pediátrica e adolescente é um procedimento seguro, com excelentes resultados clínicos após 2 a 5 anos. Neste estudo, encontramos uma associação entre ângulo alpha e idade. Escores clínicos apresentaram uma melhora significativa após cirurgia; porém, 13% dos pacientes necessitaram de um novo procedimento devido a adesões cápsulo-labrais.

Confira o artigo completo