Tendinopatia do glúteo: uma das principais causas de dores no quadril

Tendinopatia do glúteo: uma das principais causas de dores no quadril

Hoje vamos explorar um tema bastante comum: a tendinite da região glútea.

Quando falamos sobre tendinite glútea, é essencial entendermos de qual tendão estamos tratando. Temos três músculos glúteos: o glúteo máximo, médio e mínimo. 

O glúteo máximo é o músculo na parte posterior do bumbum e é responsável pela extensão da coxa, ou seja, trazer a perna para trás. Já o glúteo médio e mínimo são músculos mais laterais na região do quadril, inserindo-se na parte lateral do osso da coxa, onde palpamos o trocanter.

As tendinites do glúteo médio e mínimo, as mais comuns, causam dor na região lateral do quadril, muitas vezes próxima ao trocanter maior. Esta área possui uma bursa, chamada bursa trocantérica, que atua como um amortecedor.

É comum os pacientes confundirem tendinite glútea com bursite trocantérica, pois estas doenças estão frequentemente relacionadas. Na maioria das vezes, se o paciente tem tendinopatia, também apresentará bursite, e vice-versa.

Os pacientes com tendinite glútea podem sentir dor ao deitar de lado, assim como durante movimentos que exigem a musculatura glútea, como a abdução da perna.

Existem dois tipos de pacientes com tendinite glútea: os mais jovens, geralmente ativos, cuja tendinite está relacionada à sobrecarga muscular; e os mais velhos, menos ativos e, muitas vezes, obesos, cuja tendinite decorre da fraqueza muscular.

O tratamento é geralmente conservador, começando com repouso e, se necessário, medicamentos anti-inflamatórios. A fisioterapia é essencial, focando na analgesia, fortalecimento e alongamento da região, especialmente da banda iliotibial.

Algumas dúvidas frequentes dos pacientes são sobre a utilização de fortalecimento muscular na presença de inflamação. A resposta é sim, pois fortalecer o músculo ajuda a reduzir a sobrecarga no tendão.

Outro tratamento eficaz é a terapia por ondas de choque, que promove a cicatrização do tendão. Em casos raros e graves, pode ser necessária uma infiltração ou, ainda mais raramente, cirurgia.

É importante que o paciente continue cuidando da região mesmo após o tratamento inicial, com fortalecimento e cuidados específicos na academia ou em outras atividades físicas.

Essa foi uma visão geral sobre a tendinopatia glútea. Até a próxima!

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